Êxodo 3.14-15
Ao se aliançar com Abraão, Deus passou a ser chamado de “o Deus de Abraão”. Jesus mencionou esse título divino de “o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”, explicando que, por isso, Ele era o Deus dos vivos (Mt 22.32: Mc 12.26; Lc 20.37). Jesus também disse que veríamos “no Reino de Deus, Abraão, Isaque e Jacó” (Lc 13.28) e que “muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus” (Mt 8.11). Por que esses três patriarcas ocupam lugar tão especial na Bíblia? Porque as experiências com Deus pelas quais eles passaram são as que todos os filhos de Deus devem ter. Em Abraão conhecemos “o Deus que chama” o homem e com ele faz uma aliança. Mas em Isaque, o filho da promessa, Ele é o Deus que cumpre a promessa, que dá alargamento e que passa a bênção adiante.
“Em Isaque será chamada a tua descendência” (Gn 21.12). Não em Ismael, que nasceu do tropeço de Sarai e Abrão na fé. A descendência seria por Isaque, o filho da promessa, o filho da fé. Vemos, então, que para andar com Deus só pela fé, isto é, só olhando para a promessa de Deus. Jesus ensinou que “nem só de pão vive o homem mas de toda palavra de Deus” (Mt 4). Deus cumpriu todas as promessas feitas a Abraão, a partir daquele filho. Ver Js 21.45. Com Isaque aprendemos a andar pela fé, certos de que a Palavra de Deus se cumpre cabalmente. Como diz a cançao Deus de Promessas: “Toda promessa passa pelo teste do tempo. Ele está provando o teu coração e forjando o teu caráter para que você desfrute da plenitude da bênção do Senhor”.
Isaque foi homem sereno e tranquilo, que descansava na bênção de Deus e sempre estava “meditando no campo” (Gn 24.63). E em que ele meditava? No seu destino, na promessa que Deus havia dado a seu pai Abraão e que chegara até ele. Ele também creu na descendência, pois orou vinte anos para que sua mulher engavidasse (Gn 25.20, 21 e 26b). Significa que não basta ter as promessas, é preciso ir a Deus e clamar por seu cumprimento. Isaque andou nas mesmas “pegadas de fé” de Abraão, pois ele reabriu os poços que seu pai havia cavado e que foram entulhados pelos filisteus, e deu-lhes os mesmos nomes (26.18). Depois Isaque abriu novos poços (eram cavados na rocha), e houve contendas com os filisteus por causa deles, por isso os chamou Eseque e Sitna (contenda e ódio). Então Isaque abriu um terceiro poço, e não houve mais contendas, então lhe chamou Reobote (alargamento), pois disse: “o Senhor nos deu lugar e prosperaremos na terra” (v. 22). Nós também enfrentamos resistências e contestações quando queremos avançar e crescer, mas devemos perseverar na fé, pois o Senhor vai nos abençoar e conceder alargamento. Deus quer que estejamos sonhando com uma grande descendência pela fé, e quando começamos a sonhar Deus começa a preparar nossa equipe. Deus tem apenas uma bênção e a deu a Abraão; a mesma que passou a Isaque (25.11 e 26.24) e a mesma que Isaque desatou sobre Jacó (27.27). Deus quer que passemos essa bênçao à nossa descendência biológica e a espiritual. Esaú, ao desprezar a benção, perdeu tudo. E quando ele perguntou a seu pai Isaque se ele não tinha deixado alguma bênçar para ele, seu pai repondeu que não, pois havia dado tudo a Jacó. Jacó buscou a bênção com esforço e até de forma errada, e tornou-se herdeiro de tudo (27.36-37). Por isso Paulo afirmou aos irmãos da Galácia que eles também eram filhos da promessa, como Isaque (Gl 4.28).
Deus quer que você seja mais um dos que tomarão lugar à mesa com Abraão, Isaque e Jacó, no Reino dos céus. Por isso precisamos andar nas pegadas da fé de Abraão e de Isaque. E somente através de Jesus Cristo, o descendente de Abraão, Isaque e Jacó, recebemos a “benção de Abraão”, a salvação e a habitação do Espírito Santo em nós (Gl 3.13-14). E através de Cristo a bênção se estende a nós e nossas famílias, porque está escrito “Crê no Senhor Jesus e será salvo, tu e tua casa” (At 16.31).
Assim seja!!
